A Cavalgadas Brasil convidou a EPTV Globo para esse Especial Terra da Gente na Ilha do Marajó.
É um cenário perfeito para uma extraordinária aventura a cavalo na região da Amazônia.
Maior ilha fluviomarinha do mundo e um dos santuários ecológicos mais preservados da Amazônia. Com paisagens exóticas, centenas de praias desertas, pântanos, igarapés e muitos búfalos em toda parte, a ilha faz parte de um arquipélago que compreende centenas de ilhas e ilhotas espalhadas na foz do rio Amazonas.
Das onze raças brasileiras de cavalos, a Ilha do Marajó é habitat de duas, o cavalo Marajoara e o Puruca. Só isso já seria razão de interesse pela ilha, mas tem mais; devido a seu grande isolamento por muitos anos, a região tem uma cultura equestre única. Os vaqueiros, como são chamados aqueles que lidam com os búfalos (tem mais de 700 mil búfalos na Ilha) ainda mantem tradições muito rústicas e antigas. Seus equipamentos são na grande maioria produzidos localmente. Uma tradicional selaria produz um tipo de sela, com couro de búfalo, que tem características únicas. O tipo de cabeçada também é bastante diferente e único no Brasil.
Os primeiros cavalos devem ter chegado à ilha de Marajó em 1681 e sua origem está no Andaluz, Bérbere e nos nativos da Península Ibérica. Extremamente sóbrios, rústicos e resistentes, o Marajoara traz três séculos de serviços prestados ao homem e igual tempo de intensa adaptação ecológica ao seu meio ambiente. Vivem livres e perfeitamente adaptados aos terrenos alagadiços da ilha.
São utilizados na “lida” diária no campo, graças às características que desenvolveram como: grande resistência às adversidades do meio e rusticidade, velocidade nos galopes curtos e versatilidade aos ambientes diversificados
Na ilha os búfalos estão em toda parte e são usados como meio de transporte. Há búfalos-taxi para passeios na ilha e até como montarias da polícia. São mais de 800.000 búfalos e, segundo dizem, há 4 búfalos para cada pessoa da ilha.